sábado, 8 de julho de 2017
BOB MOTTA PARTINDO DESSA VIDA MERGULHOU NA MANSÃO CELESTIAL
Marciano Medeiros
Um poeta matuto conhecido
Com memória possante e redobrada,
Sua voz ficará sendo lembrada,
Como o grito de um povo tão sofrido.
Uma vez escutei o seu pedido
Num evento da nossa capital,
Quis dizer um poema lirial,
A plateia escutou embevecida:
Bob Motta partindo dessa vida
Mergulhou na mansão celestial.
Quantas vezes na Casa do Cordel
Adentrava falando sobre fé,
Abraçando o colega Abaeté,
Conversava bastante o menestrel.
Na partida de Adele, bebeu fel,
Chorou triste nas ruas de Natal,
A saudade ficou torrencial,
Mas agora também fez despedida:
Bob Motta partindo dessa vida
Mergulhou na mansão celestial.
Junto a Riva mostrava poesia
No silêncio das frias madrugadas,
Hoje lembro dos versos e piadas
Que contava na rádio todo dia.
Só restou o lençol da nostalgia
Nessa lei que é tão dura e tão brutal,
Tira o homem de forma natural,
Produzindo no peito uma ferida:
Bob Motta partindo dessa vida
Mergulhou na mansão celestial.
Hoje muitos poetas brasileiros
Vertem pranto por esse trovador,
A cultura perdeu mais um condor
Para o grupo dos anjos mensageiros.
Permanecem poemas verdadeiros —
Lindas flores de cada recital,
Perfumando a tristeza desleal
Que massacra de forma tão sentida:
Bob Motta partindo dessa vida
Mergulhou na mansão celestial.
domingo, 9 de abril de 2017
CÂMARA CASCUDO EM CORDEL
(Marciano Medeiros)
Lançamento será dia 18 de abril de 2017 a partir das 18 horas na sede da Academia Norte-rio-grandense de Letras, com apoio do poeta e presidente da referida instituição, Diógenes da Cunha Lima e de Daliana Cascudo presidente do Instituto Ludovicus. O evento será no dia do livro. Estarei fazendo a divulgação do cordel biográfico, com o seguinte título: Câmara Cascudo – Arquiteto da Alma Nacional.
Programação:
Saudação do presidente ou representante da ANLR.
Breve palavra de um representante da família de Câmara Cascudo e agradecimentos do autor.
Haverá também uma apresentação de cantoria com os repentistas Helânio Moreira e Felipe Pereira, que farão uma homenagem à memória de Câmara Cascudo.
Em seguida os autógrafos e um coquetel.
Helânio e Felipe brilham conquistando o Fenoger
(Marciano Medeiros)
Era uma
vez um menino que morava num sítio de Serra de São Bento e pequenininho, já
cantava para receber moedas do avô paterno, José Salustino. O tempo passou e o
garoto ficou adulto, persistindo na busca da poesia. Aprendeu o primeiro toque
da viola com o tio Doca Salustino, treinou com o primo Zé Didá, conheceu
Domingos Matias, Jonas Bezerra, Raullino Silva, Ivanildo Vila Nova, Raimundo
Caetano, Marcos Teixeira, Antonio Costa, Luciano Moreira e muitos outros poetas. O nome desse
jovem? Helânio Moreira. Depois Deus botou no seu caminho outro menino magrinho,
que vivia atentando os repentistas pra gravar vídeos cantando com os mestres, para depois postá-los na internet. Esse menino
também cresceu e completou o brilho da dupla, com nomes que rimam: Felipe
Pereira e Helânio Moreira. Ontem num grande evento organizado por Iponax Vila
Nova, deram um show de sensibilidade e poesia, no Fenoger, Festival de Repentistas
da Nova Geração. O evento ocorreu em Campina Grande e reuniu jovens poetas de
seis estados, no Teatro Severino Cabral. Cantaram numa terra de povo sério e
que dá a melhor nota pra quem canta e quem merece. Não precisa ser profeta para
saber do resultado, a dupla conseguiu o primeiro lugar, nessa Copa do Mundo da
Viola juvenil. Parabéns poetas, vocês tiveram um batismo de fogo e isso é
apenas o começo de uma longa caminhada. O Rio Grande do Norte brilhou nesse
grande festival, primeiro com Raullino Silva, entre os veteranos e agora com
vocês na classe juvenil. Parabenizo todos que participaram do encontro poético e
que por terem chegado numa disputa desse nível, são vencedores também. Ninguém perdeu
nada, todos venceram e quem ganhou foi à cultura brasileira por ver um elenco
tão grandioso, divulgando nossa poesia para o mundo. Estou muito feliz pela
conquista de vocês.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
ESTE GOVERNO DE DÓRIA VEM PERSEGUINDO O CORDEL
(Marciano Medeiros)
O
João Gomes de Sá
Com
Varneci Nascimento,
Sentiram
vasto tormento,
Num
terrível bafafá.
Na
Paulista, foi por lá,
O
folheto de papel,
Viu
proibição cruel,
De
vendas, por grande escória:
Este
governo de Dória
Vem
perseguindo o cordel.
Tem muito fiscal omisso
Do
prefeito, uns puxa sacos,
Perseguindo os que acham fracos,
Para
demonstrar serviço.
Coisa
de cabra noviço
Com
mente de coronel,
Nessa
atitude infiel,
Só
faltou ter palmatória:
Este
governo de Dória
Vem
perseguindo o cordel.
A
cultura está de luto
Por
tanta brutalidade,
Foi
grande a barbaridade
De um
sistema dissoluto,
Mas São
Paulo é um reduto
De
gente boa e fiel,
Porém
um fiscal pinel,
Jogou
lama na história:
Este
governo de Dória
Vem
perseguindo o cordel.
Mas
Castro Alves, dizia:
— A praça
é lugar do povo!
Se
renascesse de novo,
O gênio
protestaria.
As tramas
da covardia
Geram
dantesco painel,
Vamos
meter o cinzel,
Nessa
atitude ilusória:
Este
governo de Dória
Vem
perseguindo o cordel.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
NOSSO ZÉ DA PADARIA DEIXOU SERRA DE SÃO BENTO
A vida mostra momentos
De grandes reflexões,
As vezes maltrata muito
Retalhando os corações,
Quando uma enfermidade
Estampa o véu da saudade,
Entre as muitas gerações.
Não existe dor maior
Do que perder um amigo,
Quando sai do corpo físico
Leva a lembrança consigo,
Mas o Zé da Padaria,
Deixou pranto e agonia
Que traduzir não consigo.
Sofreu queda, o meu irmão,
Viu em Zé um cicerone:
Ele ajudou no passado,
Nem usamos telefone.
Numa bondade sem fim
Da Serra a Parnamirim,
Prestou socorro a Marcone.
Devido a ser andarilho
Tornou-se comerciante,
Trabalhou com Vandervaldo
Sendo um amigo constante.
Por ter riso acolhedor
Foi notável vendedor,
Um caixeiro viajante.
Ao saber que nos deixou
Fiquei triste e comovido,
Estando em Natal, me deram,
Cada detalhe ocorrido.
Certamente o bom Jesus,
Mandou os anjos de luz,
Fazê-lo bem recebido.
Recordei o jeito dele
Tão amigo e sorridente,
Lá no bar de João Davi
Nunca foi indiferente.
Dava boas gargalhadas
Contava muitas piadas
Cada qual mais envolvente.
Fizemos duas viagens
Por causa de cantoria,
Trouxe Helânio a Nova Cruz,
No carro tendo alegria,
Pra de forma muito pura
Numa Casa de Cultura,
Cantar verso e poesia.
E depois a Paraíba
Zé foi de modo instantâneo,
Levando Chico e Domingos,
Para cantar com Helânio.
Chega a poeira cobriu,
Quando o carro dirigiu,
Num movimento espontâneo.
Também deixou pra Nevinha
Emoções especiais,
Sua esposa comovida,
Verteu lágrimas sem iguais.
Este grande companheiro,
Tão amigo e verdadeiro,
Deixou saudade demais.
Hoje Serra de São Bento
Lamenta sua partida,
Zé deixou nossa terrinha,
Para adentrar noutra vida.
Certamente lembraremos,
Dos momentos que vivemos,
Nesta jornada sofrida.
domingo, 15 de janeiro de 2017
AMANDA GURGEL LUTOU NA CÂMARA MUNICIPAL
(Marciano Medeiros)
Professora
corajosa
Tem um
coração valente,
Batalhou enormemente,
De maneira
audaciosa.
É muito
mais do que rosa,
Tem palavra
especial,
Numa audiência
legal,
O nome
dela brilhou:
Amanda
Gurgel lutou
Na Câmara
Municipal.
Nunca
temeu desafio
Esmagou
qualquer machismo,
Superou
todo elitismo,
Sem
jamais perder seu brio.
Nesta
guerreira eu confio
Muito
mais que um general,
Com verbo
fenomenal,
Toda arrogância
enfrentou:
Amanda
Gurgel lutou
Na Câmara
Municipal.
Fez um
pronunciamento
Na tribuna
da Assembleia,
Ganhou
imensa plateia
Num majestoso
momento.
Tomamos
conhecimento
Por
nossa imprensa geral;
E o povo
da capital,
Na mensagem
acreditou:
Amanda
Gurgel lutou
Na Câmara
Municipal.
Persistindo
firmemente
Enfrentou
os poderosos,
Comentários
tenebrosos
Venceu
de modo eloquente.
Deu apoio
a tanta gente,
Sem nunca
ser teatral,
Sua fala
natural
Por todo
canto ecoou;
Amanda
Gurgel lutou
Na Câmara
Municipal.
Mostrou
respeito ao cordel
Quando
exerceu o mandato,
Num procedimento
exato,
Foi à
cultura fiel.
Deu um
título a Manoel
De Cidadão
de Natal,
Abaeté,
outro igual,
Também
homenageou:
Amanda
Gurgel lutou
Na Câmara
Municipal.
Mesmo
sendo bem votada
Ficando
em linha de frente,
Pelo coeficiente,
Não ficou
homologada.
Modificou
a jornada,
Segue
a batalha campal,
Essa injustiça
brutal,
O povo
não perdoou:
Amanda
Gurgel lutou
Na Câmara
Municipal.
Com semblante
valoroso
Na batalha
continua,
Em nada
se desvirtua,
Não tem
passado escabroso.
Noutro
pleito vigoroso,
Numa campanha
legal,
Sem ter
discurso banal,
Vai lembrar
do que falou:
Amanda
Gurgel lutou
Na Câmara
Municipal.
Na sessão
de despedida
Demonstrou
categoria,
Não usou
demagogia,
Evitou fala comprida.
Mesmo
estando comovida
Demonstrou
tom natural,
Ganhando
aplauso geral,
Quando
o mandato encerrou:
Amanda
Gurgel lutou
Na Câmara
Municipal.
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
VEREADORAS EMPOSSADAS NA CÂMARA MUNICIPAL
Por Marciano
Medeiros
Pelo
regimento interno os vereadores de Serra de São Bento/RN, podem ser empossados até a data de dia
15 de janeiro. Foi o que aconteceu com a vereadora Francimar Crezanto (Cimar) e
Maria Auxiliadora Rodrigues (Dôra), empossadas no dia 12 de janeiro de 2017. As duas parlamentares
requisitaram esta data anteriormente mencionada, para assumirem seus respectivos
mandatos legislativos. Numa cerimônia dirigida pelo presidente da Câmara,
vereador João Paulino, as vereadoras assumiram o mandato que se prolonga até
2020. Num clima de simplicidade, Dôra agradeceu ao povo pela responsabilidade
que recebeu, através do voto popular. Em seguida Cimar ocupou a tribuna,
agradecendo também e dizendo que seu mandato será de oposição, porém aplaudirá
quando a prefeita Wanessa Morais acertar. Estiveram presentes na sessão os vereadores Eduardo Pereira, Samuel e Batista. O presidente João
Paulino encerrou a reunião, dizendo que não fará oposição a qualquer vereador e
que a oposição por parte dele existiu, apenas na campanha eleitoral. Em seguida
foi servido um coquetel para os convidados.
Vereadora Dôra agradecendo
Vereadora Cimar agradecendo
Blogueiro Márcio Santos prestigiando
sábado, 7 de janeiro de 2017
MOSTRE AGORA NO SEU CONHECIMENTO QUE VOCÊ É SABIDO ATÉ DEMAIS
Glosas de Marciano Medeiros
Mote de Silvano Lyra
Eu conheço
os segredos de Davi
Grande
rei e monarca de Israel,
O que
fez ele a Deus ser tão fiel
Nos versículos
da Bíblia descobri.
Em leituras
sublimes aprendi,
Suas táticas
com grandes generais,
Triunfaram
nas lutas marciais,
Derrotando
um exército peçonhento:
Mostre
agora no seu conhecimento
Que você
é sabido até demais.
Ensinei
Ruy Barbosa na Bahia
Por nascer
no planeta, um alquimista,
Fiz bons
versos na fase modernista,
Escrevendo
um poema todo dia.
Ninguém
brilha na minha companhia,
Apaguei
com talento mil rivais,
Meus sonetos
são flores imortais,
Colocadas
por Deus no pensamento:
Mostre
agora no seu conhecimento
Que você
é sabido até demais.
Preparei
comandantes noutra guerra
Fiz um
líder forjar projeto incerto,
Ele foi
à raposa do deserto,
Mas Rommel
apanhou da Inglaterra,
Espalhou
muito sangue pela terra
Acabei
com seus planos imorais.
As notícias
saíram nos jornais,
Destruí
a maldade do nojento:
Mostre
agora no seu conhecimento
Que você
é sabido até demais.
Combati
Ivanildo Vila Nova
Numa noite
cantando no sertão,
Rastejei
o bandido Lampião,
Obriguei
Jararaca a fazer cova.
Em
Silvano bati com muita sova
Nos congressos
das grandes capitais,
Os balaios
que fez não servem mais,
Vou botá-lo
de vez no esquecimento:
Mostre
agora no seu conhecimento
Que você
é sabido até demais.
O NOSSO AMIGO CARLOS DEIXOU SERRA DE SÃO BENTO
(Marciano Medeiros)
Que
nossa vida física é breve, todos nós sabemos. Mas o difícil por mais
espiritualista que alguém seja, é nos acostumarmos com a dor da partida. Ocorre deste
modo com ricos e pobres, famosos e anônimos. Foi assim com Domingos Montagner,
hoje acontece com algum conhecido ou amigo e amanhã será com todos nós. O grande
enigma é quando e de qual maneira, deixaremos as ilusões da matéria. Esta jornada
terrena é comparada a um baile de máscaras, onde sempre uns vão saindo após os outros.
Na quarta-feira
no dia 4 de janeiro de 2017, eu me encontrava em Natal e fui até a parada do
Carrefour, esperar o ônibus que passa em Serra de São Bento/RN. Ao chegar vi numerosos passageiros e ambulantes vendendo de tudo, em barracas improvisadas. Ao caminhar um
pouco, vi um casal bastante conhecido, em quase toda a serra: Carlos e Gorete. A
dupla estava sentada, cada qual num tamborete de plástico. Nunca imaginei ser a
derradeira vez que teria contato com o amigo Carlos. Sua esposa comprou uma
água, um churrasquinho e ofereceu a ele, que agradeceu dizendo não querer,
porque estava com a barriga cheia.
O
ônibus chegou com dez minutos de atraso, razoavelmente cheio, todos subimos buscando
nossos lugares nos acentos. Depois paramos em Tangará e novamente vi o casal
amigo. Prosseguimos a viagem e próximo a um posto de gasolina, em Passa e Fica,
paramos outra vez. Houve novo problema no ônibus, um dos pneus estava avariado.
Numa borracharia foi feita a troca com uma máquina de retirar parafusos, usada eficientemente
pelo funcionário. Vários passageiros desceram e Carlos ficou perto observando o
serviço. Enquanto isso olhei pela janela e não sabia que era a última vez que
estava vendo o sorriso dele. O amigo Carlos demorou um pouco a voltar para o ônibus
e Gorete já estava aperreada, ainda a ouvi dizendo: — Cadê meu marido?
Em seguida sentimos novamente
o clima agradável da serra e os dois desceram em frente à residência deles, que
fica perto da Baixa da Raposa. Agora recebo a notícia de que nosso amigo tão
presente na vida comunitária, deixou nosso convívio em decorrência de seu regresso, para uma outra dimensão da vida. Sem esperar, perdi um concorrente da Lotofácil
e da Quina, pois sempre o encontrei na Casa Lotérica e num tom de brincadeira, invariavelmente o chamava de concorrente. Ele rindo me dava à receita de acertar: — Não
depende de quantidade, é sorte, basta fazer um cartão para ganhar, jogar muito
é besteira.
Que Deus conforte
o amigo Carlos nesta nova jornada que se desdobra e conceda força a sua família,
para suportar tão repentina partida. Procuremos meditar no que disse o Mestre Jesus, no
Evangelho de João, 8:51: “Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar
a minha palavra, nunca verá a morte”. Lembrarei sempre do sertanejo Carlos,
principalmente ao entrar no ônibus da Riograndense. Não há dúvidas de que ele
deixa um rastro de saudade, em muitas pessoas do nosso município serrano.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
CONHEÇA O FRIO DA SERRA COMPRANDO UM LINDO TERRENO
(Marciano Medeiros)
Venha à Serra de São Bento
Ver beleza
natural,
No Rio
Grande do Norte
É difícil
um quadro igual,
A cento
e vinte quilômetros
Distante
da capital.
Fica quase
nos limites
De Monte
das Gameleiras,
Um terreno
pra vender
Distante
das barulheiras,
Que há
nas cidades grandes
Pelas
semanas inteiras.
Você vai
comprar feliz
Este bonito
terreno,
Tem mais
de dois hectares
Por isso
não é pequeno,
Pra ter
num fim de semana
Descanso
bom e sereno.
De noite
o frio é gostoso,
Sopra
linda melodia.
A música
é muito suave,
Melhor
do que sinfonia,
Pra saber
do preço ligue
Que lhe direi a quantia.
Veja o
número de contato:
Nove,
oito, sete, sete,
Depois
bote um três na frente,
A ligação
não delete,
Com sete
dois, quatro seis,
Sua chamada
complete.
Caso
queira adquirir
Percebo
que tem juízo,
Neste
grande investimento
Jamais
terá prejuízo,
Por construir num pedaço
De terra
que é paraíso.
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